quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

CRUZES DO METAL



A banda After, oriunda de Mogi das Cruzes, faz um excelente thrash-death metal. O trio composto por Rodolfo Souza (guitarra e vocal), Andre Philipe (baixo) e William Marcondes (bateria) está promovendo o lançamento do seu mais novo trabalho: o ep "Live, Suffer and Die". Com boas críticas por onde passa, a banda pretende continuar sua história no underground com um novo lançamento para esse ano.

Conversamos com o Rodolfo Souza, nesta entrevista ele responde comemorando o aniversário da banda(muito obrigado por esse momento!) sobre a sua carreira- ele também integra a banda Scumunion, Rodolfo é um batalhador pelo metal e pela música. Confira, ficou muito legal!

Pedrock Press: Como surgiu o After?

Rodolfo: After surgiu em 2015. Curioso que hoje (10/01/2018) faz exatamente 3 anos. Eu e o Willian, viemos de uma banda que fazíamos parte anteriormente, então chamei o Andre Philippe e o Jean Andrade, músicos que admirava e já toquei junto para seguir com a gente, pelo certo entrosamento que tínhamos, não tivemos dificuldade no começo. Com dois ensaios já fizemos o primeiro show.

Pedrock: Você já teve outras bandas? Conte um pouco sobre a sua carreira...

Rodolfo: Minha primeira banda eu era guitarrista, uma banda de Thrash Metal chamada Wartoxic, integrantes eram Ricardo (Vocal e Guitarra), Max (Baixo) e Digão (Bateria). Logo em seguida Digão deixou a banda, pela dificuldade em encontrar baterista, eu mesmo aprendi e assumi o posto, e chamei meu amigo Eudes para a Guitarra, com essa formação fizemos bastante shows e musicas bem legais. Formei uma nova banda na qual tocaria guitarra, precisava de vocalista, então aprendi a cantar e tocar, foi bem difícil mas deu certo, foi nessa época (2012) que conheci o Willian e desde então sempre tocamos juntos. Tempo depois por grande influência da banda Death, montei o Death Tribute, conheci grandes músicos como o Jean que veio a integrar o After, Daniel Arsego (Darkest) e Lucas de Oliveira (Through the Skies). Então no início de 2015 veio ao fim a banda anterior (Thrash Empire) e o Zombie Ritual Death Tribute, surgindo então o After (A intenção que eu quis no nome foi exatamente essa “O depois”). Aí acredito que tenha sido a grande arrancada. O After uniu eu, Jean Andrade, Andre Philippe e Willian Marcondes, em um grande propósito, disposto a correr com a banda, compor e gravar de forma que tudo criasse uma vida, desde então tenho colecionado conquistas, lançamos o Single “Dead City” e o seu Webclipe, em 2016 lançamos o EP “Live Suffer and Die” que nos trouxe grande reconhecimento, e como estamos falando da minha carreira, aqui na região fiquei bem reconhecido pelas linhas de guitarra e vocal, coisa que me trouxe grande motivação. Passei a participar da Jamfest na Baixada Santista como Vocalista e me consolidei por lá. Fui convidado para o Scumunion e não pensei duas vezes, já havia feito uma participação em estúdio com eles, são músicos incríveis e muito experientes, Getulio, Nelson, Nilson e Marcos são impressionantes. Voltando ao After, 2017 Lançamos nosso single “Hate” junto ao seu Video clipe em um trabalho incrível do Daniel de Sá do Estudio GR, que também trabalhou com nosso EP e está trabalhando no Full. Esse é um resumo da minha carreira até então.

Pedrock: Como está sendo a repercussão do primeiro lançamento do After?

Rodolfo: O “Live, Suffer and Die” fez um ano de lançamento, atingimos as mídias digitais (Spotify, Deezer e outros) que é um formato muito interessante hoje em dia, a resposta do público foi imediata, tivemos muitas respostas positivas desse trabalho, por onde passou o nosso EP foi bem elogiado, como a nossa cena de Mogi das Cruzes e região e também o pessoal da Baixada Santista, pretendo expandir esses horizontes, ainda com o EP.

Pedrock: Quais são os planos da banda para 2018?

Rodolfo:Pretendemos lançar nosso Full Album, no qual já definimos o Tracklist e a música de trabalho está sendo a “Hate”.

Pedrock : A principal dificuldade que o músico de metal encontra aqui no Brasil?

Rodolfo: O mercado não favorece nosso gênero musical, acho que a maioria te diria isso, mas existe coisas além disso, como a falta de oportunidade, vou dar um exemplo, as bandas que surgem assim do nada, não tem pra onde correr, tem que fazer contatos, e com as pessoas certas, a qualidade acaba ficando pra trás, existe muita falta de companheirismo, as casas raramente dão o suporte merecido para a banda.

Pedrock: O que você falaria pra quem está começando?

Rodolfo: Primeiro de tudo tem que fazer um trabalho bem feito. Isso inclui entrosamento, bons músicos, organização, coletividade e focar em um Material de qualidade. O reconhecimento virá, mas é uma batalha, que no fim vai compensar e sentiremos isso no palco, na energia do público, no reconhecimento. Resumo: Se esforça, que vai valer a pena!

Pedrock: Quais são as suas principais influências?

Rodolfo:Death, Megadeth, Judas Priest, Slayer, Morbid Angel, Cynic, Mercyful Fate, entre várias outras, mas essas já definem bem.

Pedrock: Se você só pudesse levar 5 discos para uma ilha deserta, quais seriam?

Rodolfo: Iron Maiden - Seventh Son of a Seventh Son

Judas Priest – Priest Live (1987)

Death – Human

Megadeth – Rust in Piece

Mercyful Fate – Don’t Break the Oath


Pedrock: O que o rock significa pra você?

Rodolfo: O rock é a liberdade, a independência, a revolta, o bem estar, é minha realidade, no fim tudo leva a isso pra mim.

Pedrock: Muito obrigado pela entrevista, Rodolfo, suas considerações finais...

Rodolfo: Gostaria muito de agradecer a Pedrock Press pelo interesse, pela oportunidade de falar sobre minha pequena, porém considerável contribuição no Metal Nacional, um pouco da minha história e meus pontos de vista. Muito obrigado pelo reconhecimento desde sempre! E parabéns pelo comprometimento com a área da comunicação.

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